terça-feira, 4 de janeiro de 2011

SAUDADE




Embrulhava a saudade num papel de seda...
Envolvia-a num laço de fita...
Borrifava o interior de uma caixinha com perfume de rosas
E, ali guardava a sua saudade.
Todos os dias o mesmo ritual.
Era uma espécie de prece...
Uma espécie de devoção.

Arnalda Rabelo

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