quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Se eu pudesse ...



Se eu pudesse, faria chover flores na tua vida
Pelas manhãs eu choveria gérberas lilases
Nas tardes, eu choveria hortênsias de cor anil
E nas noites, cobriria o teu céu com as flores de abril

Se eu pudesse, trocaria tuas lágrimas, teu pranto
Por brisas de alegria, doçura e encanto
Se eu pudesse, clamaria ao sol que nunca deixasse de brilhar
Sobre a tua pupila, teus lírios, teus campos

Se eu pudesse, te ofertaria sons de flautas ao luar
Daria asas aos teus sonhos mais doces
Enfeitaria tua estrada com estrelas douradas
E te presentearia com o infinito do mar.


Arnalda Rabelo

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vem! Posso te ajudar a carregar os teus cestos



Quando caminhar, te parecer um fardo
e as flores te parecerem opacas...
Quando o teu riso se perder, e o sol de ti se esconder
Vem! Posso te ajudar a carregar os teus cestos
Posso fazer graça, correr na praça, brincar na chuva
Posso até me vestir de arco-íris para que a tua visão
se enterneça e de cores floresça.
Depois compramos um par de asas azul clarinho
e voamos atrás da alegria feito abelhas em busca de mel
E mesmo com tudo isso,se a gente não encontrá-la
A gente volta nosso olhar às nuvens
e recebe a alegria dos céus.

Arnalda Rabelo

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Já é Dia




Está sombrio ainda
Mas, já é dia!
Eis que não tarda a alva
Eis que vem o sol

O firmamento anuncia
Pomares frutíferos
Flores livres ao vento
Ramos de heras ao léu


Caíram as escamas dos olhos
Eu já posso ver!
Conheço a cor do sol
Conheço a seiva do céu

Arnalda Rabelo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

SAUDADE




Embrulhava a saudade num papel de seda...
Envolvia-a num laço de fita...
Borrifava o interior de uma caixinha com perfume de rosas
E, ali guardava a sua saudade.
Todos os dias o mesmo ritual.
Era uma espécie de prece...
Uma espécie de devoção.

Arnalda Rabelo


E se olharam num doce silêncio
onde um mar de palavras foram pronunciadas
sem a menor necessidade de abrirem os lábios.

E se abraçaram com tanta ternura
como se aquele abraço fosse cura, bálsamo
a aliviar a dor de tão longa ausência.

E os corações por demais próximos
fizeram juras de amor eterno
na eternidade daquele breve momento.

Arnalda Rabelo

sábado, 1 de janeiro de 2011



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