quinta-feira, 31 de maio de 2012

Deixai-me aqui com os meus silêncios...



Tela de Richard Jonhson



Muito mais que palavras, hoje eu preciso do silêncio.
Preciso da sabedoria que as palavras silenciosas dizem
Preciso da verdade que não se ouve enquanto se fala
Preciso da paz que não se encontra na inquietação do espírito.
Deixai-me aqui com os meus silêncios...
Deixai-me aqui com as minhas lágrimas...
Tão certo como essa tarde fria e chuvosa findará,
Nascerá o amanhã.
Uma aurora novinha brotará na imensidão de um céu azulzinho...
E os jardins se alegrarão ao ver a luz do novo dia!
E os meus olhos ainda marejados pelo inverno da noite
Serão outra vez inundados pelo doce orvalho!
Mas, hoje...
Deixai-me aqui com os meus silêncios.

Arnalda Rabelo

terça-feira, 29 de maio de 2012


Tela - Vicente Romero Redondo


Porque ela tinha uma necessidade singular...
Era uma necessidade de ficar a sós com as nuvens
Vez por outra era preciso esvaziar-se de seus conceitos
medos e anseios...
Era preciso nutrir-se da seiva que não fenece
Uma espécie de fôlego para continuar vivendo
Uma água fresca a irrigar a alma
Uma paz que ninguém podia dar.

Arnalda Rabelo

AMANHECE ...



Ouve-se o riso das flores
Borboletas bailam no jardim
O orvalho tem cor doce
O céu sorri para mim
Cai chuva no solo fértil
Exalando delicados perfumes
Sente-se suave euforia
Amanhece... Claro é o dia!

Arnalda Rabelo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

LEVEZA



Tela - Vicente Romero Redondo



A vida necessita de leveza...
Algumas vezes é necessário que sejamos
totalmente leves.
Leves como a pluma.
Porém, na maioria das vezes é imprescindível
que sejamos fortes
Fortes como a rocha
Visionários como a Águia
E termos passos de valentia.
Se assim não for, é bem provável
que sejamos engolidos
pela sutileza dos ares contrários
e pela força da ventania.

Arnalda Rabelo

domingo, 27 de maio de 2012



E outra vez é noite...

Calmamente o sol despede-se no horizonte
Troca-se a cor do milagre...
Antes dourado, agora azul.
Gotas de esperanças chuviscam desse manto estrelado
Orvalhando campinas e montes...
Transbordando rios e mares...
E amanhã solo inundado será ventre de lírios e dálias.

Arnalda Rabelo



Tela - Maria Boohtiyarova


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