quinta-feira, 25 de junho de 2009



Somos Tão Breves

Que jamais percamos nossa essência
Nem sejamos contaminados
por uma sociedade ativista,
onde "humanos" ocupam-se
em demasia em realizar.

Muito mais que fazer é ser!
Ser sal!
Ser luz!
Somos tão breves

Há uma urgência em viver e vivenciar
cada minuto da existência,
Marcando nossa passagem
com as mais belas notas musicais,
Em harmonia junto aos pardais.

E, ao final da jornada,
quando a noite chegar,
o dia não mais clarear,
o olhar vazio perder-se no tempo
ficarão apenas os jardins plantados
por vezes regados,
e uma indagação no eco do vento.

Arnalda Rabelo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009



Sementes

Palavras são sementes
Lançadas no entremeio dos ventos
Com destino a um solo fecundo
Frutificando no espaço do tempo

Frutos doces
Amargos...
Depende do mel de hoje
Da doçura que vem de dentro.

Arnalda Rabelo


Outra vez

Que os olhos dos nossos corações
sejam abertos
Que a neblina que os embaçam
percam a resistência,
a rigidez

Que possamos esvaziar-nos
de todo sentimento
enganoso de auto-suficiência
E assim
como crianças
Sermos felizes outra vez!

Arnalda Rabelo

Milagre

Nesta manhã um raio de sol
atravessou minha janela,
eu ainda dormia.

Havia tanta graça,
milagre...
Esqueci-me até da nuvem escura
bailando na noite
Meu coração florescia.

Arnalda Rabelo

terça-feira, 23 de junho de 2009


Silencia-me

Silencia-me com teus lábios
Apressa-te
Acalma minha alma
Meu coração te espera
Silencia-me.

Arnalda Rabelo

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Quisera Eu

Quisera eu escrever-te um sonho
Uma alegria
Enviar-te como poesia

Quisera eu perfumar o dia
com palavras
acarinhadas, renovadas
no papel
na cor
no sabor

Quisera eu
Mudar o rumo do vento
Encontrar teu pensamento
Tocar teu coração
como uma cançao
Nele habitar
Fazer morada
Construir um castelo
nas cores do arco-íris

Quisera eu...



Arnalda Rabelo


Doçura

Quando a aurora se rompe
Meu olhar dirige-se aos céus
Susurro as brumas
Logo ouço...

Sem amor
Sem emoção
Sem Doçura
Seríamos como gotas amargas
em um frio oceano

Arnalda Rabelo.

Teus Olhos

Teus olhos encontraram os meus
nesta manhã
Ainda molhados pelo orvalho da noite
me levaste
Penetraram minha alma
desvendaram segredos
mistérios

Levararam-me a colinas
Montes jamais habitados

Enquanto subia
Colhia acácias
jasmins
Mirras

Tuas mãos envoltas ao meu coração
Conduzia-me ao paraíso
Libertava-me
Revelava- me o mel da aurora
O sonho de outrora

Teus olhos encontraram os meus nesta manhã

Arnalda Rabelo

Há dias em que o sol
tem cor diferente
A brisa cheira a flores
Cantiga de amores

Há dias em que tua voz chega
com o vento
Despertando o sonho azul
que dormia
calmamente.

Arnalda Rabelo

Novas pétalas

Ficou para trás
tudo o que pesava mais
O tempo é outro
Novos sonhos
Novas flores

Há no caminho
coloridas pétalas
Há sol
Raios cor de ouro
As nuvens já passaram
O canto das gaivotas
anunciam
novo amanhecer!

É tempo de colher!

Arnalda Rabelo

domingo, 21 de junho de 2009




SILÊNCIO


Te vejo no silêncio
dos meus sonhos
Tocando minha alma de estrelas

Quem dera coubesse mais luz
no infinito do encontro
Acordaria a alva
Despertaria o sonho de cristal
adormecido precocemente

Arnalda Rabelo


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